segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Esperar

Não, não era você com dores, não poderia ser?
Mas sim, era madrugada?
Era noite? O que era senão dor?
Te dão de graça ódio como lembrança.
Te deixam sem reação, do avesso.
Levam seu pouco.
Levam seu muito.
Seu valor.
Seu único lugar.
E não pedem desculpas.
E certamente seria terrível pedir desculpas.
Porque sangrar mancha.
Marca a pele por horas.
Mas você ainda do seu tamanho vê.
E medita em silencio.
Talvez um livro como companhia.
Talvez uma garota de cabelos longos.
Talvez simplesmente alguém em quem pode confiar de olhos fechados
Do seu lado.
Do lado certo na horas mais improváveis.
Ela me parece com flocos de neve.
Posada no parapeito de alguma janela com um cigarro na metade.
Você volta numa hora da qual não perceberei.
Vejo pouco de longe.
Você sempre vejo.
E não levaram oque você significa
E foi a melhor noticia.
E ver esses olhos e ouvir essa música.
Nada grita mais hoje.
Silencio.
Espera.


(Sem explicações maiores. Foto arq. pessoal.)

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