sábado, 24 de setembro de 2011

De sábado


Não havia plano algum pra sábado a noite, eu queria mesmo ficar em casa vendo filmes até o sono chegar.
Mas fui lá ver oque acontecia, nada novo, mesmas caras, mesmos sonâmbulos, medianos, medíocres cheirando a a noite, pessoas sem sabor na beira dos meus olhos míopes.
Quero ficar lá fora, respirar.
Quero ir pra casa.
Pessoas amargas fazendo papel de boas.
Deixa, é só sábado de noite, pessoas saem pra beber, esquecer, celebrar, dançar, encontrar alguém...
Deixa, é só sábado de noite, não vejo nada além de pinturas mal feitas de um pintor que gosta de fazer piada com tudo.
É só sábado a noite, que as portas se abram, que as pernas se ergam, que evacuem, que soltem, que percam a virgindade, a vergonha, a delicadeza, a inteligência, a arte, que percam tudo que poderiam por acaso ou não ter, que não implorem por beijos, que não peçam amor, que julguem pelo corpo, que sorriam mesmo sem um motivo aparente.
É sábado de noite, fodam-se entre si com mijos em jatos fortes, mergulhem suas cabeças de cabelos bonitos na merda sem perder a pose.
Todos fodem com tudo, fodam-se alegremente.
Porque é sábado de noite?


21.02.11

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Do começo do fim



Esta talvez seja a hora certa pra te dizer:

Você nunca foi nada além de uma visão.



(Foto: Jornada fotográfica no Parque do Carmo, cerejeiras com cel.)