domingo, 6 de fevereiro de 2011

Na próxima


Sexta anoite, eu quis te contar, surtei, atirei longe o que estava nas minhas mãos, enlouqueci, gritei, xinguei palavrões, quis me machucar até começar a sentir meu corpo de volta.
Eu quis falar do tremor no sábado de noite, não conseguia pensar nem responder perguntas simples, não conseguia piscar.
Eu quis te contar do domingo, calor, acordei de manhã e sai com meu irmão, o meu silencio do lado dele e eu ouvindo o silencio dele como dois cúmplices que não precisavam pedir perdão por absolutamente nada, não foram necessárias palavras, nossos pecados são semelhantes.
Eu quis te contar do dia de hoje.
Você tinha tantas novidades.
Eu queria te escutar mas minha cabeça doía.
Não nos escutamos por entre a dura parede que se ergueu na nossa frente.
Cada um seguiu com seus pensamentos.

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